Cobra vira ‘dona’ de ilha e preocupa autoridades; conheça
A crise vem desde a década de 1950, quando a espécie conhecida como serpente-arbórea-marrom foi acidentalmente introduzida no local, provavelmente em cargas militares vindas de outras regiões do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.
Sem predadores naturais para conter sua população, a serpente se reproduziu descontroladamente, causando sérios danos. A presença dessas cobras levou à quase extinção de diversas espécies de aves nativas, uma vez que elas se alimentam de ovos e filhotes nos ninhos.
A infestação também gera prejuízos econômicos significativos, pois as serpentes danificam a infraestrutura elétrica e causam interrupções no fornecimento de energia.
Para enfrentar a situação, medidas de controle têm sido adotadas ao longo dos anos, incluindo a introdução de armadilhas, barreiras e até o lançamento de camundongos envenenados de helicópteros para reduzir a população dessas cobras em áreas críticas.
No Brasil, existe um lugar parecido: a Ilha da Queimada Grande, a 35 km do litoral paulista, é considerado um dos lugares mais perigosos do mundo. Ninguém pode pisar lá, exceto com autorizações especiais.
O motivo é a quantidade impressionante de cobras. Queimada Grande é a segunda ilha com maior densidade populacional de cobras no planeta. Três mil cobras numa área de 430 mil m². Ou seja, 143 cobras a cada mil m². É como se houvesse 1.430 cobras a cada campo de futebol.
A ilha pertence à Marinha do Brasil. Mas o acesso não é liberado nem mesmo para os integrantes das Forças Armadas sem licença especial. Ali só podem entrar pesquisadores, ambientalistas e cientistas com autorização.