Delícia de Natal: conheça a origem e as tradições da rabanada
Sob o viés religioso, o prato surgiu de uma necessidade de reaproveitar o pão amanhecido, por ser considerado sagrado para os católicos e representar o corpo de Jesus Cristo.
Justamente por essa representação do sagrado que trouxe a rabanada para as ceias natalinas em diversos locais do mundo. No Brasil, esse doce é presença garantida na maioria das mesas durante os festejos desse período e pode reaparecer também no réveillon.
Por volta do ano 1300, o chef francês Guillaume Tirel apresentou uma receita de “tostées dorées” no Le Viandier, algo que se assemelha ao que conhecemos sobre esse prato tradicional.
A rabanada aparece documentada no século XV, citado por Juan del Encina. Feita com mel e muitos ovos, aparece como prato indicado para a recuperação pós-partos. O primeiro registro do preparo, no entanto, foi feito nos manuscritos de Marcus Gavius Apicius, no Império Romano.
Rabanada é um doce de pão de trigo (pão-de-forma, baguete ou outro) em fatias que, depois de molhadas em leite, vinho ou calda de açúcar, são passadas por ovos e fritas ou assadas.
As rabanadas fazem parte de muitas mesas da consoada, em Portugal, e em várias ceias do Brasil. São servidas polvilhadas com açúcar de canela ou regadas com caldas, de açúcar, xarope de bordo, mel, vinho ou vinho do porto.
Em outra época, a palavra "rabanada" era apenas utilizada ao norte do rio Mondego e ao mesmo doce atribuía-se, a partir da margem sul do referido rio, o nome de fatia-dourada ou fatia-de-parida.